quarta-feira, 22 de maio de 2013

Bola de Fogo


Bola de Fogo

Essa bola de fogo
Desce célere
E anoitece.
Com o fulgor
Que existiu
O dia fenece.
São rápidas, as auroras,
E vivas, as manhãs.
Passa o tempo
Pelas horas,
Mudam as marés.
Chega a tarde,
Canta uma ave exótica,
O astro rei arde
Em descida melancólica.
Corpos expostos
Aos olhos
E à luz.
Um colorido a envolver
Um corpo que seduz.
A noite é prematura,
Cai negra e funda,
Envolve num manto de ternura
Dois corpos,
Uma distância,
Um suor,
Um chegar,
Um amor,
Um frio quente,
Um arrepio,
Um dia irrepetível,
Algo que parte,
Uma saudade que fica,
Uma sensação indefinível
Que é jovem
E bonita.
Uma tristeza que é arte.
Uma melancolia
Nasce e vive
E logo morre,
Em África,
O dia.
jpv

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